Se não bastassem os problemas corriqueiros da Lentorânea, ontem entrei no busú ainda no Terminal Rodoviário de Sanjusa, com destino a Paraibuna-cidade de gente bonita me sentei no último banco, fiquei lá quietinho, estava com um netbook e tentando escrever algumas coisas. Mas para que pensamentos se transformem em palavras e venham parar na tela do computador ou em um pedaço de papel, precisamos do mínimo de concentração mas isso nem sempre é possível encontrar no busú, ainda mais quando um jovem e bobo casal de namorados sentam-se ao seu lado. Aparentemente iniciantes na arte de trocar saliva falavam alto, se beijavam, se batiam, se xingavam, enfim, era tanta babaquice que deu vontade de descer no próximo ponto, mas coloquei um fone no ouvido e tentei me concentrar em um bom rock.Quando o busú chegou em solo paraibunense, as luzes foram acesas e pude observar melhor os dois babacas.
A menina não devia ter mais que 16 anos, bonita, chama a atenção de qualquer homem, mas é muito galinácea, vestia um micro shorts e uma blusinha, e o tempo não estava propício para isso, pois estava frio demais, ela era do tipo dessas adolescentes que são usadas e descartadas depois de 2 ou 3 transas. Nada de especial ou que dê futuro, a não ser que algum tonto a engravide ou um futuro lindo e feliz ao lado do imbecil de seu namoradinho. Com um colete de couro e um boné virado de lado, um misto de roqueiro com rapper, mas que deve curtir mesmo um belíssimo forró universitário. Estava se achando o maior “fodão” do mundo, mas não deve ter passado o babão nem na própria namoradinha, apesar de que pelo comportamento dela, tenho minhas dúvidas.
Ao descer do busú, fiquei imaginando se eu era bobo dessa maneira quando tinha a mesma idade. De uma coisa eu tenho plena certeza: não ficava xingando e nem batendo em minhas “namoradinhas”. Bobo eu ainda sou, só que bem menos se comparando aos meus 16 ou 18 anos. Espero que esse casal seja mais educado e menos bobo também daqui a algum tempo.
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