Nós Mes

Para ler ouvindo: Sobre o Tempo, com Pato Fu do CD Gol de Quem? de 1994.

Escravos do tempo
“O tempo não Pára” umas das maiores composições de Cazuza e Arnaldo Brandão da década de 1980, que fez um enorme sucesso e que ainda hoje é cantada por vários fãs. Realmente “o tempo não pára”, pois em cada segundo muita coisa acontece, mas nem por isso temos que usar a expressão “o tempo cura tudo” por que nem sempre o tempo tem razão!
Ficamos horas, dias, meses e anos esperando o tempo passar, tirar aquilo ou alguém da cabeça e deixar que machucados cicatrizem, mas nada adianta, pois não tiramos da cabeça o que está no coração, o machucado pode virar cicatriz, mas fica uma marca horrorosa. Ficamos o tempo todo, preocupados em viver a vida, curtir e aprender o máximo possível, tentando conquistar o nosso espaço e nossos objetivos, passando a maior parte do tempo preocupado com o próprio tempo.
Corremos contra ele, passamos por ele, vivemos nele e às vezes apelamos até para forças “supremas” para descobrir sobre ele.
Um mistério!!! Passamos a vida toda no tempo e não sabemos nada sobre ele, apenas sabemos que o efeito dele está estampado no nosso rosto, pois é só olhar para nós mesmos e ver o quanto tempo passou... Sabemos que o tempo não é Corinthiano, pode morrer de fazer 5 a 0, pode tentar por mais 100 anos a Libertadores que não adianta, o time dele é outro.
O tempo que escolhe quando ele vai acabar com o fim de semana na praia ou quando vai ferrar com a “chapinha” que fizemos para o primeiro encontro, o tempo que decide o começo, o meio e o fim, pois só ele sabe se merecemos gastar o dinheiro que demoramos anos pra juntar ou se vai acabar com a nossa vida e deixar tudo pro banco.
Não adianta planejar o futuro por que somos escravos do tempo!

Andressa de Cássia, tem 22 anos, habita em Jão José dos Santos e é estudante e estagiaria de marketing na mesma cidade.