Velho Lobo volta com suas polêmicas
Em livro, Lobão
ataca artistas e políticos, como Racionais, Roberto Carlos e Dilma
Depois de
vender 150 mil exemplares de sua autobiografia (“Lobão - 50 Anos a Mil”), agora
ele lança “Manifesto do Nada na Terra do Nunca”.
Com tiragem de
40 mil exemplares - o anterior saiu com 10 mil -, o livro traz duras críticas a
figuras dos meios artístico e político do país.
Para a feitura
do livro, que demorou sete meses, o compositor diz ter lido mais de 60 obras - de
Slavoj Zizek a Olavo de Carvalho e “tudo sobre a Semana de Arte de 1922” - para sustentar
argumentos.
Lobão detona Dilma em novo livro |
Em “Manifesto
do Nada na Terra do Nunca", Lobão defende que as ideias propostas na
Semana de 1922 acabaram por moldar todo o pensamento cultural brasileiro até os
dias de hoje, influenciando movimentos posteriores, como o cinema novo, o
concretismo e a tropicália.
Ele argumenta
que a antropofagia, base da Semana de 22, que defendia uma arte brasileira que
bebesse das vanguardas estrangeiras, não passava de mero nacionalismo.
Ao longo de
quase 300 páginas, quase ninguém escapa da mira de Lobão.
A presidente
Dilma Rousseff é chamada de “torturadora” - em capítulo cujo título é “Vamos assassinar
a presidenta da República?” -, Roberto Carlos, de “múmia deprimida” e os
Racionais MC’s, de “braço armado do PT”.
Além disso, ele
explica sua briga com os organizadores do festival Lollapalooza, no ano
passado, quando desistiu de se apresentar por ter se considerado subestimado.
Lobão diz que sua
apresentação na Virada Cultural, em maio, será um termômetro da reação do
público. “Quando escrevia o livro, tive medo de ser ‘simonalizado’ (referência
a Wilson Simonal), tachado de reacionário. Vamos ver se ele terá espaço para
trabalhar.
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