terça-feira, 29 de setembro de 2009

Atques do PCC vira filme

Com estreia prevista para a próxima sexta-feira, dia 2 de outubro, “Salve Geral”, de Sergio Rezende, promete recolocar em discussão, os incidentes ocorridos em São Paulo, em maio de 2006.
Ao longo de três dias, criminosos atacaram postos policiais na capital, causando dezenas de mortes e espalhando pânico, enquanto rebeliões tiveram início em dezenas de presídios por todo Estado.
As ações comandadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) se deu em resposta à remoção repentina de alguns presos da liderança do movimento para uma penitenciária de segurança máxima.
Os ataques causaram a morte de 46 agentes públicos, entre policiais civis, militares e agentes penitenciários.
No filme é dada uma atenção especial à possível negociação, sempre negada pelo governo do Estado, que teria ocorrido entre integrantes da cúpula da Segurança Pública e os líderes da facção.
Há duas posições divergentes sobre como enfrentar o PCC: de um lado, o diretor de um presídio, que é contra negociar com os presos; e de outro, um policial civil, que apóia a negociação, mas defende um endurecimento da resposta policial nas ruas.
O superior destes dois homens manifesta preocupação com a repercussão dos ataques “em ano de eleição” e termina por concordar com a tese do policial.
Os três homens, então, rumam para o presídio de segurança máxima onde estão detidos os líderes do PCC no filme sempre chamado de “Partido”, deve ser parente da Ana Elisa “Partidão”.
Os presos apresentam por escrito às autoridades as suas reivindicações para encerrar a rebelião nas ruas de São Paulo, e os representantes do governo dão a entender que concordam com elas. A estreia de “Salve Geral” coincide com dois acontecimentos dramáticos.
No próximo dia 1º de outubro, conhecido também como depois de amanhã, tem início em São Paulo o julgamento de Marco Camacho, o Marcola, e Júlio César de Moraes, o Julinho Carambola, apontados como os principais líderes do PCC.
Eles serão julgados como mandantes do assassinato do juiz-corregedor, Antônio José Machado Dias, ocorrido em março de 2003.
O dia 2 de outubro marca também a data do chamado “massacre do Carandiru”, ocorrido em 1992.
Na ocasião, em resposta a uma rebelião de presos, a Policial Militar invadiu o presídio, causando a morte de 111 detentos.

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